terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"deixa que o sol te veja"

As vezes acontecem coisas na nossa vida que a gente não entende e talvez nunca vai entender, porque as pessoas que a gente gosta um dia tem que ir embora. É estranho, porque ao mesmo tempo que é a certeza que todos nós temos, é a verdade que nunca esperamos.
Nestes últimos dias, essa verdade bateu na minha porta, e por mais que eu não quisesse abrir, tem coisas que não podemos evitar. Afinal assim é o ciclo da nossa vida, biologicamente ou religiosamente pensando.
E no fundo, por mais que a saudade chegue a sufocar, cada pessoa que passa pela nossa vida, leva um pouco de nós e deixa um pouco de si. Felizmente, essas pessoas que se foram só deixaram coisas boas em mim, e espero que tenham levado coisas boas de mim também.
Nos últimos dias, enquanto protestos aconteciam no Egito, Big Brother na televisão, e o verão rachava minha janela, não senti vontade de me levantar da cama. Me agarrei nas minhas lembranças e me isolei do mundo ao meu redor por elas.
Ia até a praça e via pessoas sorrindo e minha vontade era pegá-las pelo pescoço e contar pra elas que não eram felizes, que eu havia sido feliz e esse sentimento pertencia apenas a mim e as minhas lembranças. Egoísmo.
Pela manhã o sol estava lindo como nos outros dias, mas foi diferente, resolvi abrir a janela e deixar o sol me ver, e sorri. Não sorri porque eu estava feliz, mas porque compreendi que devo voltar a ser feliz.
Estamos nesse mundo, não só por nós mesmos, mas por todos aqueles que caminham ao nosso lado, e se nós não tivermos forças, é por eles que devemos acordar e deixar o sol entrar todas as manhãs.
Quanto mais próximo estivermos, mais fortes seremos.
Meus sinceros desejos de dias brilhantes para cada um de nós.

Um abraço forte e especial para todos aqueles que de alguma forma estiveram comigo.