quarta-feira, 23 de novembro de 2011

falsa velhice

Meu corpo cansado,
Não reflete a idade que consta em meus documentos.
O motorista do ônibus abre a porta traseira para que eu possa subir,
não sabe que ainda não cheguei nos sessenta.

As mulheres se afastam,
jovens soltam risos abafados,
crianças perturbadas e curiosas cutucam suas mães,
pareço não perceber.

O que nenhum deles jamais saberá,
é que ando curvado,
porque carrego pensamentos nas costas.

Afinal,
Tenho em mim todos os sonhos do mundo.