domingo, 14 de novembro de 2010

laços

Eu amei.
Cada palavra, cada fotografia imaginada mas não realizada, cada bom dia, cada café da manhã na cama com beijos recheados de sono.
Tanto amei que quando você foi embora, não chorei.
Olho os presentes dos padrinhos amontoados pela sala e os convites do casamento que foram devolvidos, e mesmo diante deles sou incapaz de chorar. E não chorarei, as pessoas que pensem o que quiserem pensar, não me importo.
No dia que você fechou esta porta com a mochila nas costas dizendo que jamais voltaria, eu entendi o que era o amor. E ele é isso que eu não sei decifrar, isso que não me deixa chorar, porque me conforta nos nossos sonhos e nas nossas lembranças.
Te amo porque sei que você deveria ir embora, porque não te quero só pra mim, te quero para você.
Não quero te pedir pra voltar, e não sei se quero que você volte. Quero sentir o aperto no estômago a cada vez que o telefone tocar, ou o carteiro chegar, mesmo sabendo que não será você.
Não me dói você ter ido embora, nem me entusiasma o fato de você voltar.
Eu te amo, simplesmente por te amar, e isso cabe apenas a mim.

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